No universo das criptomoedas, mitos e verdades convivem lado a lado. Conhecer os fatos é essencial para tomar decisões financeiramente inteligentes e seguras.
O Crescimento do Mercado e Sua Relevância
Em 2024, o Bitcoin registrou uma valorização extraordinária. Bitcoin alcançou valorização de 112%, superando quaisquer outros ativos negociados em bolsa durante o ano[1]. Essa ascensão reforça a percepção de que ativos digitais podem ser uma opção complementar aos investimentos tradicionais.
Além disso, sete em cada dez investidores institucionais planejam alocar recursos em criptomoedas futuramente, segundo a Fidelity Digital Assets[3]. Mais da metade dos 1,1 mil entrevistados já possui exposição ao mercado digital, o que demonstra uma adoção crescente.
Entre as motivações de entrada nesse ecossistema, destacam-se:
- Expectativa de ganhos expressivos (37,5%)
- Vantagens da tecnologia blockchain (24,2%)
- Baixos valores mínimos de investimento (11,5%)
Desvendando Mitos Comuns
Mito 1: Criptomoedas são um esquema de pirâmide
Essa falsa ideia decorre da falta de compreensão sobre a operação em blockchain. O Bitcoin depende de mineradores que validam transações e recebem remuneração. Não há necessidade de novos participantes para manter o sistema em funcionamento, ao contrário de esquemas Ponzi[1].
Mito 2: Criptomoedas não são dinheiro real
A legitimidade de uma moeda baseia-se na aceitação e na adoção coletiva. As taxas de uso de ativos digitais vêm crescendo e se aproximam dos padrões de moedas fiduciárias[5]. Por isso, classificar criptomoedas como “não reais” ignora sua crescente relevância global.
Mito 3: Bitcoin não tem valor intrínseco
Embora não seja respaldado por governos ou ativos físicos, o Bitcoin ganha valor pela confiança e utilidade percebida. As pessoas utilizam o Bitcoin para proteger patrimônio contra inflação e facilitar transferências rápidas e seguras[3]. A infraestrutura do blockchain torna essas operações inovadoras.
Mito 4: Criptomoedas são usadas por criminosos
O receio do uso ilícito é antigo. No entanto, apenas 0,34% do volume transacionado em 2023 envolveu atividades ilegais — um percentual insignificante comparado ao crime financeiro tradicional[1]. A maior parte das transações é completamente legítima e rastreável em redes públicas.
Mito 5: Bitcoin é muito volátil para ser seguro
Não há dúvida de que a volatilidade é elevada, mas ela também faz parte de mercados emergentes. Volatilidade tende a diminuir com o amadurecimento dos participantes e da infraestrutura. Enquanto isso, investidores encontram no Bitcoin uma maneira de diversificar carteiras e buscar proteção contra desvalorização de moedas tradicionais[3].
Mito 6: Criptomoedas são investimentos não confiáveis
Argumentos sobre anonimato e falta de regulação costumam assustar iniciantes. Na realidade, plataformas confiáveis operam dentro de padrões de segurança robustos e seguem leis locais[11]. Ao escolher corretoras reguladas, o investidor minimiza riscos e garante maior transparência.
Potencial de Ganhos e Riscos Associados
É possível multiplicar patrimônio com ativos digitais, mas isso exige pesquisa e disciplina. Um investidor que comprou 100 bitcoins em 2010 por menos de US$1 e vendeu dez anos depois tornou-se milionário[1]. Mesmo assim, esse exemplo não garante resultados futuros iguais.
Por outro lado, quem não gerencia riscos pode perder tudo. Devido à alta volatilidade, perdas significativas ocorrem com alocações exageradas. Especialistas sugerem alocar entre 1% e 5% do patrimônio em criptomoedas como estratégia de diversificação balanceada[1].
O Novo Marco Regulatório no Brasil
Em fevereiro de 2026, o Brasil implementará novas regras para empresas de serviços de ativos virtuais[2][4]. As mudanças visam integrar o mercado cripto ao sistema financeiro tradicional, trazendo mais segurança e transparência.
As principais obrigações para as SPSAVs (Sociedades Prestadoras de Serviços de Ativos Virtuais) incluem:
- Separar carteiras de clientes e das próprias empresas
- Realizar auditorias independentes bienais com relatórios públicos
- Manter provas de reserva que comprovem a existência dos ativos
- Nomear um diretor responsável pela segregação patrimonial
Considerações Finais e Recomendações
Investir em ativos digitais exige educação e controle emocional. Entender fatos em vez de mitos é o primeiro passo para atuar com segurança. Faça pesquisas, utilize corretoras reguladas e diversifique sempre.
Adotar uma visão de longo prazo e alocar somente o que você pode perder reduz o impacto de oscilações bruscas. Assim, você estará preparado para aproveitar oportunidades sem arriscar seu equilíbrio financeiro.
Referências
- https://blog.leiloesjudiciais.com.br/mitos-e-verdades-sobre-investir-em-criptomoedas/
- https://www.fundssociety.com/br/news/a-regulamentacao-dos-ativos-virtuais-no-brasil-impulsiona-o-desenvolvimento-do-mercado/
- https://www.mgcholding.com.br/blog/mitos-e-verdades-sobre-os-bitcoins/
- https://www.infomoney.com.br/onde-investir/bc-define-regras-para-o-mercado-de-criptomoedas-no-brasil-veja-o-que-muda/
- https://www.infomoney.com.br/onde-investir/criptos/
- https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/bc-cria-novas-regras-para-criptoativos-e-combate-a-lavagem-de-dinheiro/
- https://einvestidor.estadao.com.br/educacao-financeira/bill-gates-mitos-verdades-criptomoedas/
- https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/11/11/criptomoedas-veja-perguntas-e-respostas-sobre-as-novas-regras-do-banco-central.ghtml
- https://www.poder360.com.br/conteudo-de-marca/entenda-os-mitos-e-saiba-como-investir-em-criptomoedas/
- https://www.bcb.gov.br/detalhenoticia/20918/nota
- https://lux.capital/2025/10/21/mitos-investimentos-digitais/
- https://bcb.gov.br/detalhenoticia/20930/noticia
- https://www.mynt.com.br/academy/guia-para-iniciantes/5-mitos-sobre-o-bitcoin-que-voce-nao-deve-acreditar/
- https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2022/lei/l14478.htm
- https://capitalaberto.com.br/regulamentacao/limites-propostos-pelo-bc-para-exposicao-a-ativos-virtuais-agradam-mas-ha-risco-com-barra-muito-alta/







